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Buenos aires vol 1, uma sinopse com emoção

08/12/2009

Faz um pouco mais de 48 horas que a cúpula do Condado está de volta ao Brasil e ainda não acredito que realmente vivemos tudo o que ocorreu nos últimos 4 dias, foram cerca de 56 ótimas horas em território argentino, 10 horas dessas dormindo e as outras de pura adrenalina, algumas delas em outra dimensão, quando penso onde estou ainda fico pensando a quantas quadras estou da esquina da Avenida 9 de Julho y Avenida de Mayo, e como seria bom ver a vida passar dali, sentado do lado de fora de um barzinho na calçada da avenida que os argentinos consideram como a mais larga do mundo, quem sabe tomando um chope ou uma botelha de un litro da Quilmes e comendo um super pacho ou simplesmente observando o transito intermitente e os belos prédios dos arredores e conversando com os grande amigos que me cercam.
Os argentinos tem mania de dizer que a maioria das suas coisas são as melhores e as maiores do mundo, é assim com a avenida que acabei de falar, com um jogador de futebol, com a torcida de futebol, com os teatros, com o povo em si, e volto de lá com uma certeza, e acredito que muito dos amigos irão convir comigo, se não vivemos o “melhor” final de semana de nossas vidas, acabamos de viver o “maior”. O maior não somente por que ele foi composto de 3 dias, mas principalmente dada a magnitude das coisas que vimos e fizemos.
Desde o semi streaptese que tivemos de fazer no Salgado Filho(cintos com fivela de metal não passam no detector de metais, você terá de tira-los, né Hoff?), passando pela simetria perfeita da cidade vista do céu, o pouso tranqüilo em solo argentino, a espera de um ônibus no meio da pista do aeroporto Ezeiza, o taxista no aeroporto(Señor Remi, certo?) errando o seu próprio carro, a tentativa de explicar para ele o que significa a palavra peixe(a si, pescado! pero por suposto, no hay pesacado!), a primeira vez que atravessamos as 16 pistas da Avenida 9 de Julho, a loucura na chegada no albergue, a primeira Quilmes, acordar de manhã e ver a Ciudad Autónoma de Buenos Aires funcionando, o Obelisco, a retirada dos ingressos para o show na bilheteria da Ticketek, a correria para conseguir trocar os pesos(Viva o banco Piano!), o passeio pela Calle Florida, pegar o metro/subte para o show, a primeira linha que mais parecia o trem do terror, rumo a uma Highway to Hell (Emeeerson??), a segunda linha que era melhor e foi literalmente o Rock ‘n’ Roll Subte!!! A descida na Av. Cabildo y Av. Congresso, onde simplesmente os taxistas pararam de nos atender, a marcha das 8 quadras restantes até River (Quem vai votar no Passarela aí?).
O maior e melhor show da história, foram seis horas no gramado do estádio Monumental de Nuñes, duas dessas em outra dimensão, louco, louco, não tem como explicar, só viver e relembrar, eu digo que realmente vi “Dios” em solo argentino, e ele não calçava chuteiras, e sim comandava uma Gibson SG, não só ela e sim uma massa de 60 mil pessoas, Angus Young é decididamente um mostro, e o AC/DC a personificação do que há de melhor no Rock, o que há de melhor nesse e nos outros mundos, louco, louco de mais. A saída do estádio, morto, morto, quebrado, podre, tendo pulos e espasmos involuntários, mas realizado, com a certeza de que foram duas horas perfeitas, a caminhada das 8 quadras de volta, e ai começa a maior batalha em solo argentino, a batalha dos aflitos para conseguir voltar ao albergue, o subte já está fechado, os taxis não param ou estão lotados, o Coletivo 59 foi a salvação(mas antes disso alguém consegue umas moedas aí, pero que no). Qual é o turista que vai para a capital de um país desconhecido e faz o que fizemos? Ir de trem e voltar de ônibus, tudo baseado nas informações recebidas na rua, o Condado é realmente foda, ninguém se mixa, vamos a luta, até lembro que tivemos que nos segurar para não entrar nos piquetes/mobilizações que estavam acontecendo na sexta de manhã. Foi louco, arriscado, e desafiador, mas que foi massa ir e volta do Monumental de Nuñes (o que representa 30km, na verdade devemos ter feito uns 5 desses de a pé) por 2,35 pesos, ah isso foi.
Desmaiar na cama do albergue, acordar de manhã com a chuva batendo na janela, e não ficar triste, não tem nada que possa te desanimar depois de ter visto um show do AC/DC, ainda mais quando ficamos sabendo o que “la vie” havia nos reservado para esse dia, sim descobrimos ali mesmo, no albergue as dez horas da manhã que iria ter um jogo do Boca naquele dia, não somente um jogo, mas sim um clássico, Boca Juniors x Independiente, solamente 13 libertadores em campo, não tem como negar uma coisa dessas, mas antes disso teve o almoço muy picante no Hard Rock Café, um lugar do caralho!! E agora sim a ida para La Bombonera no ônibus escolar repleto de gringos(How about the game? Very excited!!), a certeza que o estádio e a torcida do Boca Juniors são fodas, só de ouvir eles cantando já valeu toda a pena, o estádio é realmente muito inclinado e muito afude de ver jogo de lá.
No final a volta mais podre ainda para o albergue, tomar um banho, fazer as malas, ir jantar as 2:30 no restaurante da esquina (si, ele está aberto de madrugada), pegar o taxi do Rúben até o aeroporto Ezeiza, enfrentar as ultimas 25 filas no aeroporto e voltar ao Brasil, falar as ultimas palavras em espanhol no avião(ôo Ibirubá, por que tu tá falando espanhol com a aeromoça? as comissárias de vôo da gol são brasileiras!!) e completar as minhas 29 horas sem dormir.
Enfim, tudo isso valeu muito a pena, e agora enquanto escrevo isso ainda estou motivado e com tesão por tudo que aconteceu, por ter dado tudo muito certo, por ter sido tudo muito excepcional, e se me pedirem se eu faria tudo isso novamente no final dessa semana, sem dúvida que eu faria. Aguarde-nos Buenos Aires querida, por que o condado vai voltar.
Isso aqui é só o começo da descrição dos acontecimentos, em breve haverá mais, com emoção e sem emoção.

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